quinta-feira, 20 de março de 2008

A guerra das deportações

No princípio foram uns comentários da família e amigos do Brasil. Logo, os espanhóis companheiros de trabalho também aproveitaram o tema para fazer suas brincadeirinhas. A "guerra das deportações" havia começado.

Durante duas semanas, guardei silêncio enquanto Brasil e Espanha estiveram relatando histórias de injustiças cometidas contra os turistas de um dos países quando tentavam entrar no outro. Como dois irmãos pequenos que choram para seus pais antes de tomar umas palmadas por algum erro cometido, apontavam-se um ao outro o dedo indicador e diziam que o responsável por aquilo tudo era aquele que estava ao seu lado.

Hoje, mais uma vez busquei as notícias nos dois principais jornais de cada país. O cenário mudou: não encontrei nada a respeito. Nos brasileiros, as únicas referências à Espanha colocavam em foco alguns jogadores de futebol. Nos espanhóis, nada sobre o Brasil. Será uma trégua pela semana santa ou finalmente resolveram usar um pouco de raciocínio e bom senso?

Independentemente do motivo, talvez este seja o momento dos países começarem a se comportar de maneira diferente, a usar suas políticas de reciprocidade para oferecer ao outro o que o outro já lhe oferece de bom. Entre essas duas grandes potências que tanto se parecem não pode haver sentimentos de inferioridade ou superioridade; ninguém roubou o pirulito de ninguém.

2 comentários:

Unknown disse...

Se ainda precisar de notícias a respeito, procure no UOL, que eles guardam todo o histórico (CMM-3 no mínimo pra eles).

Realmente, briga de irmão que fica se cotucando no banco de trás do carro.

Mas foi eles que começaram! :-)

Saludos!

Brunão
fabulasdafibula.blogspot.com

Anônimo disse...

Belas e sábias observações e conclusão. Tem o meu total rapoio.